Instituto de Ortopedia e Traumatologia Campo Belo – IOCB - Síndrome túnel do carpo
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O que é

A síndrome do túnel do carpo é o nome dado a um conjunto de sinais e sintomas que aparecem devido a uma alteração na condução do impulso nervoso do nervo mediano na região do corpo denominada carpo, entre o antebraço e a mão. Esse quadro ocorre mais frequentemente em mulheres na faixa etária de 50 a 60 anos. Quando este nervo passa por algum tipo de compressão, normalmente devido a uma inflamação, inchaço local ou mesmo com determinadas posições assumidas pelo punho, que ocasione excesso de pressão nas estruturas dentro do túnel, inicia-se o processo da doença. O paciente sente dor e alteração de sensibilidade, parestesia, no território de inervação do mediano (face palmar do polegar, dedo indicador e médio e face radial do dedo anular), que caracteristicamente aparecem quando seguram objetos com a mão fechada e/ou durante a noite. Com o avançar da doença pode ocorrer diminuição de força e atrofia muscular.

Causas

A maior parte das vezes não conseguimos isolar uma causa precisa da afecção. Como a inflamação dos tendões e do tecido que os envolve, sinóvia,  pode ser causado por excesso de uso, esta arraigado em nossas crenças que atividades repetitivas estão ligadas a aparição da doença. Também são possíveis causas diretas, embora sejam mais raras: fraturas do punho, tumorações dentro do túnel do carpo, doenças metabólicas, alterações hormonais, como as que ocorrem durante o período da menopausa ou gravidez, etc...

Diagnóstico

Brent Graham, através de estudo publicado com o titulo  “desenvolvimento e validação de critérios diagnósticos para síndrome do túnel do carpo”,  estabeleceu 6 critérios que são estatisticamente significantes para confirmação diagnóstica: formigamento, formigamento noturno, fraqueza/atrofia da musculatura tenar, sinal de tinel positivo, teste de Phalen positivo, perda da capacidade de discriminação de dois pontos. O sinal de tinel é descrito com o choque percebido pelo paciente apos uma percussão sobre o nervo mediano. O teste de Phalen é executado com o cotovelo dobrado e apoiado sobre a mesa deixando a mão descansar em flexão. O exame de eletroneuromiografia pode ser solicitado para confirmação diagnostica em casos duvidosos, pois é desconfortável e desnecessário nos casos iniciais.

Tratamento

O tratamento tem como princípios básicos o entendimento de que os sintomas aparecem com a compressão do nervo, podendo ser ela intrínseca ou extrínseca. Quando o punho esta dobrado os tendões flexores são puxados para dentro do túnel carpiano, e como são mais grossos quanto mais perto do cotovelo, ocasionam um aumento de volume dentro do canal do carpo. Os sintomas também podem aparecer quando o paciente dorme em cima do punho, ou usa alguma pulseira ou relógio que aperte o punho. A tala noturna ou órtese ajuda tanto no exemplo de compressão intrínseca, evitando que o punho dobre, quanto extrínseca, dormir em cima da mão. Também é importante evitar atitudes que levem a dormência, como segurar objetos na palma da mão por longos períodos.

Uma outra linha importante de tratamento seria a medicamentosa, nesse momento, utiliza-se o corticoide de deposito intramuscular com liberação lenta. Essa droga age tanto na inflamação do tendão quanto no tecido que os envolve.

Esses dois tratamentos expostos anteriormente são a primeira linha na terapêutica da síndrome do túnel do carpo. De acordo com a resposta podemos associar ultrassom terapêutico, fisioterapia, acupuntura e complexo de vitamina B. No caso de persistência dos sintomas, fraqueza ou atrofia muscular o tratamento cirúrgico esta indicado. O objetivo da operação é aumentar o conteúdo do canal carpiano cortando o ligamento transverso do carpo. Essa técnica permite aumento do volume no túnel do carpo evitando compressão do nervo mediano e diminuição do suprimento vascular do nervo que determina a parestesia, e a longo prazo degeneração das funções do nervo.     

Pós-operatório

O pós-operatório da cirurgia para síndrome do túnel do carpo varia de paciente para paciente. Geralmente não é doloroso e não ha restrição a atividades leves com as mãos exceto se houver dor. Pode ou não ser usado imobilização e analgésicos. A mão deve ser mantida para cima para evitar inchaço. A fisioterapia pode ser necessária para ajudar o retorno as atividades de maneira mais rápida e com menos dor. Ponto importante é trabalhar a cicatriz para evitar que fique dolorida.

Responsável Técnico

Dr. Paulo Facciolla Kertzman
CRM: 57.367
Ortopedia e Traumatologia

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