O que é?
Não é exagero afirmar que a lesão do ligamento cruzado anterior é o terror dos atletas sejam eles profissionais ou amadores. Afinal, quem é acometido por esse tipo de estiramento pode sair de cena por vários meses. Além de ser uma lesão grave, sua recuperação é lenta podendo, inclusive, repercutir para sempre na carreira do profissional.
De forma geral, jogadores de futebol são os principais afetados, embora atletas de outras modalidades, como futebol americano, corrida, basquete, também possam sofrer eventualmente com essa complexa lesão.
Esse tipo de estiramento acontece quando o ligamento cruzado anterior, que interliga o fêmur (osso da coxa) com a tíbia (osso da perna) se rompe. Essa articulação, se comprometida, pode afetar drasticamente a estabilidade rotacional e os movimentos da perna.
Em detrimento da gravidade, muitas vezes a melhor opção é a intervenção cirúrgica, seguida por um tratamento intenso de fisioterapia. Além do mais, o ligamento cruzado rompido pode prejudicar outras funções ligadas à mobilidade. Muitas vezes os meniscos ficam comprometidos, gerando limitações na estabilidade e amortecimento do joelho.
Quais as causas?
A lesão do ligamento anterior é provocada por força intensa durante atividades esportivas. Um adversário quando divide uma bola com violência durante uma partida de futebol, por exemplo, pode provocar a rotação excessiva do joelho, enquanto o pé se mantém fixo no chão.
Esse movimento acaba por romper o ligamento cruzado anterior, causando intensa dor no joelho do paciente. Esse tipo de contato durante práticas esportivas é um dos maiores motivos para o ligamento cruzado rompido.
Em outras modalidades, como corrida e atletismo, o mesmo pode ocorrer após uma rápida mudança na velocidade, ou eventual queda do praticante durante a atividade. Nesse caso, a lesão pode estar associada diretamente ao fato de hiperextensão no joelho, causada pela flexão brusca da articulação.
Qual o grupo de risco?
Qualquer pessoa está sujeita a sofrer com esse tipo de lesão. Apesar dos atletas profissionais estarem mais suscetíveis, um praticante recreativo pode sofrer eventualmente com um ligamento cruzado rompido. Essa lesão, por sua vez, pode ser dividida em três gravidades distintas, baseadas no comprometimento dos ligamentos:
- Distensões de grau 1: apresentam pequenas lesões que devem ter acompanhamento médico, embora não haja interrupção nas atividades físicas;
- Distensões de grau 2: já podem comprometer as principais funções do joelho. Acontece quando há ruptura parcial.
- Distensões de grau 3: são as mais intensas, e muitos atletas já sofreram suas consequências. Jogadores renomados do futebol, como Ibrahimovic e Paulo Henrique Ganso, por exemplo, já passaram mais de seis meses em tratamento em decorrência dessa distensão que causa instabilidade no joelho. Ela ocorre após o rompimento completo do ligamento.
É válido ressaltar que a incidência de ligamento cruzado rompido é maior em mulheres. Em casos extremos, pessoas que sofreram acidentes automobilísticos também podem ter o ligamento cruzado anterior comprometido.
Sintomas
Como na maioria das lesões ou doenças do joelho, a dor localizada e o edema são os principais sintomas. Se não houver atendimento correto nas primeiras horas, a estabilidade do joelho poderá ser afetada definitivamente. Já o inchaço no joelho poderá ser amenizado com compressa de gelo sobre o local.
Embora a dor no joelho cesse depois de 24 horas, a mobilidade da articulação será bastante reduzida. Inclusive, a dificuldade em caminhar costuma ser uma das limitações para quem foi acometido por uma lesão do ligamento cruzado anterior.
Diagnóstico
Com a dor e o inchaço no joelho, o paciente deverá ser encaminhado prontamente para o atendimento ortopédico mais próximo. Afinal, tais sintomas estão associados com os mais diversos traumas e problemas no joelho.
Por meio de radiografia e ressonância magnética, será possível realizar o diagnóstico completo do problema. Sendo assim, é possível iniciar de imediato o tratamento mais apropriado para o ligamento cruzado anterior rompido.
Tratamentos
Para cada intensidade da lesão, existem vários tipos de reabilitação, que podem ser tanto invasivos, quanto conservadores. Com o auxílio de órteses, por exemplo, o paciente poderá recuperar gradativamente sua antiga condição.
Entretanto, é unânime que a pessoa lesionada se submeta a sessões de fisioterapia intensiva durante sua recuperação. Funções, antes comprometidas pela lesão, poderão ser amenizadas graças a esse tipo de tratamento que visa a normalização dos movimentos. O retorno à plena recuperação das funções do joelho poderá durar alguns meses.
Em caso de pacientes ativos, com rompimento do ligamento cruzado anterior, a cirurgia é a opção mais recomendada. O tratamento cirúrgico é realizado por meio da artroscopia, que reconstrói o ligamento rompido. Dessa maneira os tecidos lesionados retomam a estabilidade, impedindo possíveis recidivas que podem se abater sobre o mesmo joelho.